domingo, 23 de dezembro de 2012

*Não expulsem o torcedor!!!

Olá a todos!!!

Em vários textos nossos aqui no blog e em nossos comentários no Panorama dos Esportes, na 87.9 FM, argumentamos e nos posicionamos de forma veemente contra a elitização do nosso futebol.

Uma variável desse processo de elitização é, a reboque das reformas dos estádios para a Copa do Mundo de 2014, essa história de ingressos a preços "europeus". O futebol é um traço da nossa cultura geral e futebolística. O FUTEBOL NO BRASIL É POPULAR!!!

Por issso, irei reproduzir esta ótima coluna do Tostão, publicada hoje 23/12 em vários jornais do Brasil, entre eles o jornal A TARDE, em que o mesmo argumenta nesta defesa.

* Por Tostão:


"É evidente que muito dinheiro público, que seria usado para obras importantes, sem nenhuma relação direta com a Copa do Mundo, tem sido desviado para o Mundial e para a Olimpíada.

Não há dinheiro para a merenda escolar em Natal, mas não falta para a construção do estádio, que tem grandes chances de se tornar um elefante branco. O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, quer a transferência de R$ 80 milhões da educação para despesas da Copa.

Existem três obras importantíssimas e urgentes que precisam ser realizadas em Belo Horizonte e em cidades próximas, que já deveriam estar prontas há muito tempo e que não saem do papel: o metrô de Belo Horizonte, as melhorias do Anel Rodoviário, onde ocorrem desastres quase todos os dias, e a construção de uma nova BR-381, um estrada assassina, uma calamidade pública.

Recusei o prêmio de R$ 100 mil e a aposentadoria especial dados pelo governo aos campeões do mundo de 1958, 1962 e 1970 porque não quero ter esse privilégio. Na época, fomos bem premiados pelo título.

Os atletas campeões que passam por dificuldades precisam ser ajudados pelo governo, por meio da Previdência Social, como todo cidadão, e pelas entidades governamentais que prestam apoio aos ex-atletas, que já existem. A CBF e os clubes têm também obrigação de ajudar seus ex-jogadores que necessitam de auxílio.

Temo que os novos estádios construídos para a Copa elitizem o futebol. Para isso não ocorrer, é necessário vender ingressos com preços diferentes. Quem quiser mordomia que pague por isso. Os torcedores humildes têm direito de pagar preços razoáveis, além de ter segurança e conforto. Corre-se o risco de a torcida se comportar como se estivesse em um teatro, todos sentadinhos, bem comportados, sem vibração e sem identificação com o futebol e com o clube. O verdadeiro torcedor, apaixonado pelo clube, não pode ser expulso. Os responsáveis pela manutenção dos novos estádios, os clubes e os torcedores têm de preservar e tratar os estádios com carinho. Para isso, o público tem de ser bem tratado.

É um absurdo colocar o Brasil em 18º lugar no ranking da Fifa.


Teremos dois clássicos na próxima fase da Copa dos Campeões da Europa, entre Barcelona e Milan e entre Real Madrid e Manchester United. Em jogos mata-mata, pode haver surpresa. A eliminação do Barcelona pelo Chelsea, na edição passada, foi, pelas circunstâncias, uma das maiores zebras da história do futebol. O Barcelona era muito melhor, jogava em casa, tinha um jogador a mais, ganhava por 2 a 0, perdia muitos gols e ainda Messi errou um pênalti.".

Nenhum comentário:

Postar um comentário