Os jogos olímpicos e o desenvolvimento das nações.

Olá a todos!!!

Começaram esta semana mais uma Olimpíada, desta vez a famosa Londres 2012. Daqui a quatro anos será a nossa vez: a chegada da “glamourosa” Rio 2016.

Mais o que pretendo debater e trazer para a mesa é como é bem refletida nas Olimpíadas o cenário global do desenvolvimento das nações. O quadro de medalhas desta tradicional e já secular competição reflete quase que com identidade o famoso indicador de desenvolvimento dos países do mundo: o IDH.

Para quem não sabe ou principalmente tá de saco cheio de tantas siglas insossas, IDH significa o Índice de Desenvolvimento Humano, indicador que reflete de uma forma mais evidente o nível de desenvolvimento econômico, social e cultural dos países. Não a toa os líderes do IDH são os principais “cabeças” dos quadros de medalhas dos jogos olímpicos.

Pegando como exemplo a última Olimpíada, a Pequim 2008, na próspera China desenvolvimentista, o G8 do esporte mundial ficou assim, na ordem: China, Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, Alemanha, Austrália, Coréia do Sul e Japão. (vejam quadro completo no link: http://olimpiadas.uol.com.br/2008/quadro-de-medalhas/)

Ajusta-se daqui e dali e quando olhamos o mapa do IDH vamos ver nas melhores colocações as nações que melhor estão colocadas nas olimpíadas. A China é um caso especial nesta relação, mas, assustadoramente este país vem subindo degraus não só nos pódios olímpicos como também na tabela do IDH mundial. Mera coincidência?

E a nossa “pátria amada”, Brasil? Vivenciamos um momento diferente, nenhuma dúvida. Melhoramos muito em relação aos muitos anos de atraso que vivenciamos em nossa história. Mas, parafraseando a própria letra do nosso glorioso hino, ficamos muito tempo deitados em berço esplêndido. Acordamos, mas estamos ainda nos espreguiçando no contexto mundial em igualdade social, distribuição de renda, políticas públicas sociais importantes, tais como, educação, segurança, saúde e... ESPORTE!!!

Daí caros amigos, explica-se porque somos 84º no mapa do IDH mundial. Vejam então que termos atingido a 23ª posição na última Olimpíada é mais do que satisfatório para um país que não investe na sua juventude, na educação pública de qualidade, na prática esportiva como formação humana e social.

Vamos lá!!! Com tudo isso vamos pegar a bandeirinha e torcer pelos nossos bravos atletas quando encararem as quadras, piscinas, mares, tatames, pistas e campos da Grã Bretanha por estes dias. Vamos gritar “Pátria Amada, Brasil!!!”, entoar com orgulho o nosso lindo hino quando vermos os poucos no mais alto degrau do pódio. Fazer tudo isso. Só espero que reste entusiasmo até chegar o dia 7 de outubro. As medalhas em jogo neste dia serão outras...

Um abraço a todos!!!