sábado, 17 de março de 2012

O nosso futebol e a democracia.

Olá a todos!!!


Estamos vendo e sendo testemunhas de episódios importantes para os desígnios políticos em nosso futebol, tanto na esfera nacional como em nosso metiê local. Serei sintético e específico na abordagem pois o noticiário nosso de cada dia já nos enxurrou de informações e verdades(?) sobre os ditos temas.


O primeiro fato relevante foi a renúncia do poderoso chefão do futebol nacional, Ricardo Teixeira. Depois de 23 anos a frente da CBF o “super-genro” sai de cena. Porém, ele sai ficando. Deixa os seus asseclas no poder, influencia ainda na estrutura. Porém, é relevante a saída do individuo. Da queda do Ricardão deveria ocorrer um amplo debate sobre a renovação dos mandos e desmandos da CBF, a politicagem no futebol nacional, o poder concentrado nas federações e o clientelismo político advindo dessa relação promíscua, entre outros males ao nosso futebol. Parabéns a presidente Dilma que não manteve a mesma filosofia “companheira” com a CBF perpetrada pelo seu histórico antecessor. Tomara que agora, em razão desse momento transitório de enfraquecimento político dos cartolas, estes se vejam impelidos a serem mais austeros e organizem a copa em nosso país e nossa seleção que está em um momento meio perdido.


Vindo ao nosso âmbito estadual vimos o imbróglio do Esporte Clube Bahia que esta semana sofreu uma intervenção relâmpago, advinda de uma ação perpetrada pela oposição ao grupo hegemônico dominante há décadas no tricolor. Não entrarei em méritos e em questiúnculas sobre o assunto, do tipo “que não existe oposição, que são aproveitadores e tal...”. A oposição tanto existe que ela se manifesta corriqueiramente. A forma e o método é que é passível de gosto e discussão... Como sempre, o motivador de todas estas turbulências no Bahia é a falta de transparência nos processos internos do clube. Este é o âmago de toda a questão. Espero que o presidente Marcelo Guimarães Filho tenha entendido estes acontecimentos e refletido que é irreversível a abertura democrática do clube. Tenha uma atitude de distensão política e convoque todos os tricolores, reformule este bendito estatuto, antecipe as eleições e coloque o sócio-torcedor para votar!!! Além de dar clareza ao processo, a democracia plena realmente ocorreria no Bahia. Um clube tão popular e gigante como o tricolor não pode ter seus destinos apenas nas mãos dos “homens do presidente”. Outra coisa: isto automaticamente atrairia mais torcedores para associar-se ao clube. Em pleno era do futebol marketing e negócio, esta seria uma oportunidade impar ao nosso amado tricolor.


Finalizando o raciocínio, e apesar de ter me debruçado à questão da CBF e do Bahia, porque quando se fala em democratização, eleições diretas e tal aqui na Bahia só se fala no Bahia? Esta discussão tem que passar pelo glorioso Esporte Clube Vitória também. A reboque reformas na nossa Federação Baiana de Futebol e fim dos feudos políticos no esporte. Porque prefeitos, governadores e presidentes da república tem mandato com início e fim e direito a uma reeleição e estes senhores feudais incrustam-se nos seus tronos? São perguntas que todos nós devemos buscar as respostas. Eu tenho algumas minhas... e vocês: têm as suas? Verbalize as suas e faça mover a democracia, companheiros!!!

Um abraço a todos!!!

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