Olá a todos!!!
Esta crônica, bem feita e bem analisada, foi feita pelo amigo e torcedor do Vitória, Leandro Santiago. Leandro é filho de nosso amigo Alfredo Neto, rapaz inteligente e analítico nas coisas do futebol, esse fenômeno que muitas vezes enebria nossas análises e partidariza nosso senso crítico. Mas, este material do jovem Leandro é interessante pois vislumbra uma visão estruturante do processo e não meramente as periclitantes situações atuais dos nossos clubes, e no caso específico, do Vitória. Eis ai o "Panorama da Semana Rubro-Negro". Leiam:
"Nos últimos 15 anos, o Vitória sofreu reveses significativos
dentro e fora de campo. O time visitou o porão do futebol nacional, ao ser
rebaixado à série C em 2005. Naquele ano, o clube estava financeiramente quebrado. A gestão que esteve a
frente do rubro negro por mais de 20 anos, entregava um time sem perspectivas e
sem dinheiro. No entanto, mesmo remontando esse passado não tão longínquo, não me lembro de
ter presenciado um ano tão desprovido de conquistas, como esse fatídico ano de
2014.
O Leão gerido pelo quase sempre soberbo Carlos Falcão, pode se
vangloriar de seu momento administrativo, de sua busca pela saúde financeira ou
pelo aprimoramento do seu patrimônio, mas deixará na memória de sua torcida uma
sequência de insucessos dentro de campo. Após ter feito a melhor campanha de um
time nordestino num Brasileirão de pontos corridos, em 2013, a diretoria rubro
negra conseguiu enfraquecer o elenco (que já não era uma unanimidade técnica)
com algumas manobras exclusivamente financeiras, com a desculpa de não arriscar
o equilíbrio do clube. Assim, o Vitória perderia pro arqui rival, um de seus
principais jogadores na temporada. E com a mesma lógica, atletas que foram
fundamentais, se tornariam dispensáveis.. a saber: Renato Cajá, Vitor Ramos (e
Kadu, que só voltou depois do segundo semestre de 2014), Marquinhos, etc.
Não obstante, o departamento de futebol (que afirmava ter,
inclusive, um setor de inteligência) começou 2014 com um verdadeiro show de
horrores. Contratações sem critério, mudanças constantes na direção e
planejamento escasso, foram marcas do Vitória de Falcão. A lista é longa e
deprimente: Alemão, Dão, Jonathan Ferrari, Lucas Zen, Hugo, Souza, Léo Costa, Rodrigo
Defendi. Pra não mencionar a contratação de três diretores de futebol (Raimundo
Queiroz, Felipe Ximenez e Marcos Teixeira) em uma só temporada. Os frutos foram
colhidos e todos podres. O time perdeu o certame baiano pro seu rival, de uma
forma que não acontecia há mais de 10 anos, quando o time que chegava a final
com vantagem, sempre sagrava-se campeão. O tabu foi quebrado e o Vitória vendeu
barato demais o titulo estadual. Ficaria visível ali, a fragilidade do elenco
que estava sendo montado.
Mas a série de derrocadas só estava no começo. Pois foi na Copa do Nordeste - competição em que o Leão é o maior vencedor e por isso mesmo, a expectativa da torcida é sempre grande - que o time sofreu sua mais humilhante derrota na temporada. Foi goelado pelo Cerá em Fortaleza (5 a 1) e à aquela altura do ano, ainda não tinha vencido um único clube que disputava a série A. O filme se repetiu na Copa do Brasil, durante a eliminação pro inexpressivo J Malucelli em pleno Pituaçu e mais recentemente, perdendo a classificação contra o Nacional da Colômbia, pela Copa Sulamericana.
A fraca campanha no campeonato brasileiro, com apenas 9 triunfos em 34 jogos, só constata a triste realidade do clube num ano tão cheio de expectativas, como era 2014. Um discurso parece ganhar tons de unanimidade entre setores da imprensa, torcida e conselheiros do Rubro Negro, que se arvoram pra tentar explicar as causas dessa temporada terrível. É a total falta de aptidão e conhecimento futebolístico do atual presidente, Carlos Falcão.
Talvez, na esperança de evolução e de um progresso eminente, o ex Presidente Alexi Portela e sua cúpula mais próxima de conselheiros, enxergaram no atual mandatário, sinais de boa gestão e equilíbrio. Mas ao que parece, os cartolas rubro negros não sabiam (ou fizeram questão de esquecer) da total distonia do Sr. Falcão, quando o assunto está dentro do riscado. Além de desconhecedor, ele se cercou de pessoas tão ou mais despreparadas pra estarem a frente do clube.
Mesmo com manifestações de esperança por parte da torcida, uma possível queda pra segunda divisão será a cereja do bolo pra essa administração perdedora e perdida, que se ocupou do rubro negro e que, infelizmente, ainda terá dois mandatos pela frente.
Como exemplo cabal da negatividade de tal gestão, fica a postura da maior organizada do clube (Os Imbatíveis). Uma torcida que se caracterizou por lutar pelos direitos do Vitória e que hoje se cala diante de ingressos, viagens e vantagens políticas. O lema é "segura na mão de JAH e vai."
Saudações Rubro Negras.".
Sem mais.
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