sexta-feira, 26 de julho de 2013

Longe da Libertadores

Olá a todos!!!
Irei repercutir aqui, como o Panorama da Semana de hoje, o texto publicado no editorial do jornal A Tarde de ontem, 26 de julho de 2013. Muito bom para reflexão e síntese de vários de nossos debates anteriores.
Longe da Libertadores:
A conquista da Copa Libertadores pelo Atlético-MG ratificou a atual hegemonia brasileira no torneio. Já são nove finais consecutivas com a presença de pelo menos um time nacional. O título de 2013 é o quarto seguido do País, após os de Corinthians (2012), Santos (2011) e Inter-RS (2010).
Segundo colocado em número de conquistas – 17 contra 22 da líder Argentina –, o Brasil tem como protagonistas na Libertadores os clubes do Sudeste e do Sul.
Tal contexto confere às demais regiões do País, incluindo o Nordeste, a condição de periferia do futebol brasileiro.
Mas porque os maiores clubes nordestinos, como Bahia, Vitória, Sport e outros de Pernambuco e Ceará, não conseguem se equiparar aos grandes do Sul e Sudeste?
A disparidade econômica explica isso, em parte. E muito dessa diferença abissal de orçamentos passa pelas cotas de TV, substancial nas receitas dos clubes.
A maneira como elas são pagas pela emissora detentora dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro estimula o desequilíbrio entre os competidores.
Clubes como Corinthians e Flamengo recebem da TV pelo menos R$ 84 milhões por ano pelo Brasileirão, passo que Bahia e Vitória ganham por volta de R$ 29 milhões – segundo números do ranking de 2012.
Nesse sentido, o modelo da Bundesliga, o campeonato alemão, é um exemplo a ser seguido, já que os valores das cotas são distribuídos de forma equânime, com o objetivo de gerar equilíbrio e tornar a disputa mais competitiva e justa.
Cabe aos clubes nordestinos e demais prejudicados se unirem em defesa da redivisão desse bolo. Nem que seja preciso um tipo de ‘revolução’, isto é, uma ruptura com o establishment da bola.
De certa forma, o campeão Atlético-MG não deixa de ser uma inspiração, já que tem receita inferior aos gigantes do eixo Rio-São Paulo. Ou seja: recurso financeiro é primordial, mas não é tudo. Gestão profissional, planejamento e criatividade completam a equação. Talvez esteja faltando um pouco de cada aos nossos clubes.”.
Um abraço a todos!!!

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