sábado, 29 de junho de 2013

Nunca foi fácil ganhar Copa nenhuma. Para ninguém!!!

Olá a todos!!!

Estamos na véspera da grande decisão da Copa das Confederações esperando o jogo mais esperado dos últimos tempos: Brasil e Espanha. Nada melhor que numa final e no momento que o Brasil retoma a cara de um time. Será um espetáculo, com certeza, independente do resultado.

Mas, hoje quero levantar uma questão que ultimamente vem me forçando a utilizar a minha premissa de historiador e desta premissa acrescentar um viés de filosofo. É base do fazer do historiador calcar-se em fatos comprováveis e documentos. Os depoimentos e testemunhos são importantes na construção dessa Nova História, mas, devem ser considerados com cuidado pois a memória pode ser falsa e falha.

Indico isto pois intencionalmente irei recorrer apenas a fatos calcados em minha memória futebolística e no meu apaixonante hábito de acompanhar as Copas do Mundo, e como expectador faço isso desde 1982, para argumentar que nunca uma seleção ganhou uma Copa de maneira fácil, ”incontestável” e com “um pé nas costas”. E não será a nossa no próximo ano que fará isso. Apesar que acredito fortemente no sexto título. Vejamos:

1982, Itália campeã. A Seleção Italiana penou na primeira fase, classificando-se no número de gols marcados a mais que Camarões e embalando depois de vencer o Brasil num dos jogos mais marcantes da história.

1986, Argentina ganha sua segunda Copa. Apesar de ter sido uma Copa do carimbo de craque de um dos maiores de todos os tempos – Maradona – nossos “hermanitos” tiveram jogos sufocantes contra a Inglaterra e a final propriamente dita contra a Alemanha.

1990, Alemanha vence. Desenvolvendo o seu futebol pragmático, a Alemanha venceu, porém jogos sempre no limite e dificuldade verdadeiras nos mata-mata contra Holanda, Inglaterra e na final, contra os argentinos, vencendo estes com um 1 x 0 nos pênaltis.

1994, o famoso tetra do Brasil. Talvez o título mais sofrido da nossa Seleção, com jogos de matar contra Estados Unidos, Holanda, Suécia e a final contra Itália, terminada no bendito pênalti para o céu de Roberto Baggio.

1998, primeiro título da França. Como são chamados, “os azuis”, venceram em casa, fato, mas antes tiveram que eliminar um valente Paraguai no gol de ouro, tomar susto da Croácia e bater um Brasil na final, realmente, já batido antes do jogo.

2002, Brasil brilhante. Apesar da inconteste campanha de sete vitórias em sete jogos, os jogos contra Turquia, o jogo amarrado contra a Bélgica e o “DEUS nos acuda” contra a Inglaterra foram danados!!!

2006, Itália coloca a quarta estrela. A Azurra venceu, mas, foi com o estilo italiano do sofrimento, marcados nos jogos contra a Alemanha na semifinal, vencido na prorrogação, e a final contra a França de Zidane, vencida apenas no até então fantasma italiano dos penais, exorcizado nesta final.

2010, Espanha ganha sua primeira Copa. O hoje consolidado com méritos bom time espanhol ganhou essa Copa, mas sua campanha, não foi um deslumbre total assim, visto a derrota no primeiro jogo para a Suíça, a vitória amarrada e no sufoco contra o Paraguai e a final “50%” contra os holandeses, vencida no segundo tempo da prorrogação por 1 x 0.

Certamente com o Brasil em 2014 passaremos por alguns momentos similares aos relatados anteriormente. Usando esta Copa das Confederações, o jogo contra o Uruguai é um exemplo. Até mesmo a final de amanhã contra a Espanha não acredito ser tão emocionalmente forte como o último jogo de quarta.

Evidentemente que depois do resultado final de uma competição como a Copa das Confederações e uma Copa do Mundo o que fica para o vencedor é a glória do título, o marcar dos seus nomes para a história e a festa. Poucos vão lembrar dos sufocos, momentos difíceis e provações. É fato, ninguém quer lembrar da dor.

Ou tem alguém ai que guardou o dente daquela dor de dente insuportável clássica que já teve? A maioria acho que não faz isso. Apesar de conhecer alguns que gostam de sofrer...

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